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domingo, 1 de fevereiro de 2009

Suicídio Versus Desespero

Suicídio, de Édouard Manet, 1877.
“O gesto suicida é um grito desesperado por ajuda.
Se ouvires esse grito então podes ajudar”
(Bill Blackburn, 1982)
Suicídio (do latim sui caedere), termo criado por Desfontaines, matar-se, é um ato que consiste em pôr fim intencionalmente à própria vida.Define-se suicídio como a atitude individual de extinguir a própria vida, podendo ser causada entre outros factores por um elevado grau de sofrimento, que tanto pode ser verdadeiro ou ter sua origem em algum transtorno psiquiátrico como a psicose aguda (quando o indivíduo sai da realidade, porém não o percebe) ou a depressão delirante ou outro transtorno afetivo. Em todos os três casos, a probabilidade de atitude tão extrema é consideravelmente potencializada se houver uso continuado de drogas e de bebidas alcoólicas.
“A autodestruição surge após múltiplas perdas, fragmentos de dias perdidos ao longo dos anos, rupturas, pequenos conflitos que se acumulam hora a hora, a tornar impossível olhar para si próprio.O suicídio é uma estratégia, às vezes uma táctica de sobrevivência. Quando o gesto falha, tudo se modifica em redor após a tentativa. E quando a mão, certeira, não se engana no número de comprimidos ou no tiro definitivo, a angústia intolerável cessa naquele momento e, quem sabe, uma paz duradoura preenche quem parte. Ou, pelo contrário e talvez mais provável, fica-se na dúvida em viver ou morrer, a cabeça hesita até ao último momento, quer-se partir e continuar cá, às vezes deseja-se morrer e renascer diferente."É importante que não nos fiquemos pelas aparências. O aparente bem-estar de um jovem, ou adulto, nomeadamente o viver ‘tudo bem’, podem esconder um grande sofrimento interior, que só uma relação de maior proximidade poderá detectar. Estejamos, pois, atentos à nossa volta, para tentarmos evitar um gesto fatal. Se porventura ele acontecer, devemos interrogar-nos em silêncio sobre o que terá falhado e divulgar os serviços de ajuda já existentes no nosso país, de modo a evitar outras mortes”
Sinais de Alerta que podem conduzir ao suicídio:
1. Dor psicológica intolerável (por falta das necessidades psicológicas elementares)
2. Perda da auto-estima (com incapacidade para aguentar a dor psicológica)
3. Constrição da mente (menos horizontes e menos tarefas)
4. Isolamento (sensação de vazios e de falta de amparo)
5. Desesperança (sensação de nada valer a pena)
6. Egressão (fuga como única solução para acabar com a dor intolerável)
Factores de risco ou facilitadores do Suicídio
Psicopatológicos
1. Depressão endógena, esquizofrenia, alcoolismo, toxicodependência e distúrbios de personalidade;
2. Modelos suicidários: familiares, pares sociais, histórias de ficção e/ou notícias veiculadas pelos média;
3. Comportamentos suicidários prévios;
4. Ameaça ou ideação suicida com plano elaborado.
Pessoais
1. Ter entre 15 e 24 anos ou mais de 45;
2. Pertencer ao sexo masculino e raça branca;
3. Morte do cônjuge ou de amigos íntimos;
4. Escolaridade elevada;
5. Presença de doenças terminais (HIV, cancro etc.);
6. Hospitalizações frequentes, psiquiátricas ou não;
7. Família actual desagregada: por separação, divórcio ou viuvez.
Psicológicos
1. Ausência de projectos de vida;
2. Desesperança contínua e acentuada;
3. Culpabilidade elevada por actos praticados ou experiências passadas;
4. Perdas precoces de figuras significantes (pais, irmãos, cônjuge, filhos);
5. Ausência de crenças religiosas.
Sociais
1. Habitar em meio urbano;
2. Desemprego;
3. Mudança de residência;
4. Emigração;
5. Falta de apoio familiar e/ou social;
6. Reforma;
7. Acesso fácil a agentes letais, tais como armas de fogo ou pesticidas;
8. Estar encarcerado.
Importa distinguir entre Para-suicídio e Tentativa de suicídio
Para-suicídio
Acto não fatal, através do qual o indivíduo protagoniza um comportamento invulgar, sem intervenção de outrém, causando lesões a si próprio ou ingerindo uma substância em excesso, além da dose prescrita, reconhecida geralmente como terapêutica, com vista a conseguir modificações imediatas com o seu comportamento ou a partir de eventuais lesões físicas consequentes. É no sexo feminino que possui uma maior incidência, isto é, são as mulheres, em especial na sua juventude, que mais adoptam este tipo de comportamento e que está, regra geral, associado a um conjunto de perturbações emocionais, caracterizando-se pela prática de actos que simulam longinquamente a vontade de terminar a vida, mas com a peculiaridade de deixar pistas para que o acto não resulte na própria morte. Infelizmente, este tipo de comportamentos e situações nem sempre é descoberto a tempo de evitar uma morte. Por exemplo, uma adolescente que tomou um "cocktail" de medicamentos para simular e fazer sentir a sua dor, o seu desespero, contando que um familiar chegasse a casa a tempo de a poder transportar ao hospital, mas que, por razões diversas tal não acontece e aquilo não pretenderia passar de um grito de ajuda, transforma-se num suicídio, embora não fosse essa a verdadeira intenção.
Tentativa de suicídio·
Ao contrário do para-suicídio, a tentativa de suicídio é entendida como o acto levado a cabo por um indivíduo e que visa a sua morte, mas que por razões diversas não é alcançada. É o nível de intencionalidade uma dos principais diferenças entre estes actos, sendo na tentativa de suicídio superior. A precipitação propositada de um local bastante alto, pode considerar-se como uma tentativa de suicídio caso não resulte na própria morte, no entanto, é importante referir que é neste quadro que resultam mais incapacitações como consequência da intencionalidade do acto. Dir-se-ia que é um suicídio frustrado.
As Estatísticas
Um amplo espectro da sociedade trata o assunto sob o véu do tabu, ou seja: um tema sobre o qual se devem evitar maiores aprofundamentos teóricos ou acaloradas discussões. Talvez essa, seja uma das razões, pelo crescente número de suicídios. O suicídio pode ser considerado um problema de saúde pública.Em Portugal em 2003 11,1 pessoas por cada 100 mil morreram por suicídio sendo que a distribuição por género é de 17,1 por 100 mil para os homens e 5 por 100 mil para as mulheres. A taxa de suicídio em Portugal aumentou 100% em dois anos - 2002 e 2003. Os últimos dados revelam que se registaram 1100 suicídios por ano, no país.Portugal passou de cerca de 500 suicídios por ano, no final da década de 90, para 1200, em 2002, e 1100, no ano seguinte. Um aumento de taxa que ultrapassa os 100% o que nos deixa a todos apreensivos e na expectativa de se voltar aos anos negros das décadas de 30 e de 80, altura em que o número de suicídios foi sempre em crescendo.

E Para Si que pensa no Suicídio
Procure imediatamente alguém que o(a) possa ouvir, com quem possa conversar ou que o(a) possa ajudar
Algumas pessoas sentem-se mais à vontade em falar com uma pessoa amiga, outras com um familiar e, em muitos casos, torna-se mais fácil desabafar com uma pessoa desconhecida, por exemplo um terapeuta ou alguém que atende do outro lado de uma linha telefónica de ajuda.
Não tente resolver o problema sozinho(a).
Não hesite em PEDIR AJUDA agora mesmo.Pode contar comigo!

1 comentário:

  1. ola eu sou uma pessoa calma mais vivo sosinho não tenho amigos vivo numa solidão as pesoas parecem ter medo de mim eu não sou feio sou carente vivo nu mundo de solidão e tristesa so não demostro as veses da vontade de sematar ou fazer outro tipo de loucura obrigado um abraço

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