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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Programa Psicoterapêutico Especifico para Tratamento Perturbação Borderline e Risco suicidário em adolescentes e jovens adultos

 


Este é um programa psicoterapêutico especifico para o tratamento de : 

- Perturbação da Personalidade Borderline 
- Comportamentos autolesivos e suicidários
- Perturbação Bipolar

para adolescentes e jovens Adultos. 

O nosso Programa Psicoterapêutico incide em três eixos de intervenção em simultâneo: 
- Psicoterapia Individual 
- Psicoterapia de Grupo para adolescentes
- Grupo de apoio a pais 

👉Pré-requisitos Avaliação Inicial
A entrada no programa psicoterapêutico  requer uma avaliação  inicial individual prévia  para entender quais são as dificuldades e considerar o tratamento mais adequado a cada pessoa. 

O agendamento da entrevista inicial poderá ser feito por email: jesuscandeias@gmail.com  ou pelo telemóvel 919918225 
 
Temos dois grupos terapêuticos: 
Grupo terapêutico para adolescentes (dos 12 aos  15 anos de idade) - Funciona às 2ªas feiras das 18h45 às 20h15; 
- Grupo terapêutico de Adolescentes e jovens adultos ( dos 16 aos 25 anos de idade)- Funciona às 5ªas feiras das 18h45 às 20h15

 Funcionamento dos grupos : 
- Regularidade semanal em formato presencial 
- O grupo é aberto e heterogêneo . 
- Os Grupos são conduzidos por dois psicoterapeutas 
- Cada sessão de grupo tem o custo de 30 Eur. 
- O pagamento é mensal/  feito no início de cada mês ( referente ao nº de sessões previstas em cada mês) 

Oportunamente informaremos sobre a próxima data de grupo de apoio a pais. 

O modelo teórico de suporte e de intervenção deste Programa Psicoterapêutico  é a Psicoterapia baseada na Mentalização. 

O que é a Terapia baseada em mentalização (MBT)?
A terapia baseada em mentalização (MBT) é um tipo de psicoterapia psicodinâmica, de longo prazo, fundamentada na teoria da vinculação. 

A Psicoterapia  baseada na Mentalization Based  (MBT ) é recomendado pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (UK)  com eficácia terapêutica comprovada no tratamento de:

⚡️Problemas Emocionais (alterações o humor tristeza. euforia, melancolia)
⚡️Dificuldades nas relações interpessoais (elevada conflitualidade ou medo de se relacionar)
⚡️Problemas no controlo da impulsividade
⚡️Problemas de ansiedade e depressão
⚡️Problemas de ansiedade social
⚡️Problemas do comportamento- autolesivos, suicidários, consumos de substâncias, comportamentos de risco
⚡️Perturbações da Personalidade Borderline e Anti Social
⚡️Problemas alimentares (anorexia e bulimia)

  Se quiser ser contactado para mais informações clique AQUI

  Sobre Nós:

Dra. Maria de Jesus Candeias

Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta e Psicanalista de Adultos e Adolescentes.  Terapeuta Familiar. Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde, Psicoterapia,  Psicologia da Justiça, Psicologia Comunitária e Supervisão, pela Ordem dos Psicólogos . Mestre em Proteção de Crianças e Jovens em risco, incluindo abuso sexual de menores. Investigadora e doutoranda  no ISPA na área do suicídio.  Formação em MBT pelo Centro Anna Freud (.Reino Unido).  É ainda, Membro Fundador e da Direção da PsiRelacional- Associação Portuguesa de Psicanálise Relacional. Coordenadora Pedagógica e Formadora da Especialização de Psicoterapeutas  da PsiRelacional. Cédula profissional nº 5335.

Dr. Luís Chincalece

Psicólogo Clínico, Mestre em Psicologia Clínica pelo ISPA. Psicoterapeuta Psicanalítico em Formação na Associação de Psicanálise Relacional - PsiRelacional. Perito em Psicologia Forense no INMLCF há 12 anos, com Formação Especializada em Avaliação Psicológica de Crianças, Jovens e Adultos. Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos com a Cédula Profissional n.º 12499  

Dra. Miriam Santos

Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta Psicanalítico em Formação na Associação de Psicanálise Relacional - PsiRelacional.  Percurso Profissional: Avaliação e Acompanhamento psicológico de crianças, adolescentes e respectivas famílias em contexto hospitalar (Serviço Pedopsiquiatria do Hospital Garcia de Orta), Comunitário (IPSS de Acolhimento de Crianças e Jovens em Risco), em Equipa Local de Intervenção Precoce Infantil e em Clínica Privada. Orientadora de Estágio Profissional da OPP - Ano Júnior. Membro Efectivo da OPP n° 10633.

Dr. Joao Lorenzo

Psicólogo Clínico, Mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), Pós-Graduado em Psicogeriatria pelo Instituto CRIAP, Psicoterapeuta Psicanalítico em formação pela Associação de Psicanálise Relacional (PsiRelacional), Formações especializadas nas áreas da técnica Rorschach, Psicofarmacologia, Clínica das Perturbações da Personalidade, Avaliação Psicológica do Adulto e do Idoso, Estimulação e Reabilitação Cognitiva do Idoso. Acompanhamento Psicoterapêutico de Pré-Adolescentes, Adolescentes e Adultos. Cédula Profissional nº 16639.

Saiba mais sobre os  serviços da nossa clínica e sobre a nossa Equipa no nosso site   AQUI

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Perturbação Obsessiva e Compulsiva

 




        A Perturbação obsessiva e compulsiva (POC) é uma perturbação muito frequente. Segundo alguns estudos, a POC é a 4ª perturbação psicológica mais frequente, afetando cerca de 2,3 % dos adultos e acontece aproximadamente com a mesma frequência nas mulheres e nos homens.

De uma forma genérica, trata-se de uma perturbação da ansiedade caracterizada por obsessões e compulsões.

As obsessões são pensamentos e imagens, intrusivos e indesejados, que a pessoa não consegue controlar, e que a fazem sentir-se extremamente ansiosa.

As compulsões são comportamentos ou actos mentais repetitivos e rígidos que o sujeito não consegue controlar.  Estas compulsões têm uma função protectora na medida em que, de uma forma algo mágica, fazem baixar a ansiedade logo após terem sido executados.

Muitas vezes as obsessões e as compulsões surgem associadas e aí falamos de perturbação obsessivo-compulsiva, podem, no entanto, apresentar-se em separado.

Há pacientes que só apresentem obsessões sem que passem ao acto, ou seja, que executem rituais compulsivos e há também pacientes só com queixas de compulsões mas sem obsessões. 

A Perturbação obsessiva e compulsiva caracteriza-se pela presença de ideias, de imagens ou de impulsos recorrentes, não desejados, invasores que parecem sem sentido, estranhos, indecentes ou aterradores (obsessões) e, ao mesmo tempo, uma urgência ou uma compulsão para fazer algo que liberte da incomodidade causada pela obsessão.

Os temas obsessivos omnipresentes são o dano, o risco ou o perigo. Entre as obsessões mais frequentes estão as preocupações pela contaminação, pela dúvida, pela perda e pela agressividade.


         Caracteristicamente, as pessoas com uma perturbação obsessivo-compulsiva sentem-se impulsionadas a efectuar rituais (actos repetitivos, com um propósito, intencionais).


        Os rituais mais comuns para controlar uma obsessão incluem lavar-se ou limpar-se para se libertar da contaminação, verificações repetitivas para suprimir as dúvidas, guardar as coisas para que não se percam e evitar as pessoas que pudessem ser objecto de agressão. De um modo geral, os rituais consistem na lavagem excessiva das mãos ou na verificação repetitiva para se assegurar de ter fechado a porta. Outros rituais são mentais, como o cálculo repetitivo ou fazer afirmações para diminuir o perigo.

As pessoas podem ter uma obsessão por qualquer coisa e os seus rituais não estão sempre ligados de forma lógica à incomodidade que se tenta aliviar. Por exemplo, uma pessoa que está preocupada com a contaminação pode ter sentido alívio uma vez ao ter metido casualmente a sua mão no bolso. A partir desse momento, cada vez que surge uma obsessão relacionada com a contaminação, introduz repetidamente a sua mão no bolso.


            De um modo geral as pessoas com perturbações obsessivo-compulsivas estão conscientes da irracionalidade das suas obsessões e sabem que os seus medos não refletem riscos reais, mas não conseguem fazer diferente.

Estes pacientes reconhecem que o seu comportamento físico e mental é excessivo ao ponto de chegar a ser insólito. Porém não conseguem alterar o rumo dos seus pensamentos. Daí a diferença entre a obsessão compulsiva e as perturbações psicóticas, nas quais as pessoas perdem contacto com a realidade.

Muitas das pessoas afetadas por esta perturbação têm vergonha de ser descobertas, e por isso realizam, com frequência, os seus rituais de modo secreto, embora estes lhes tomem várias horas por dia.

Cerca de um terço das pessoas com uma obsessão compulsiva encontra-se em estado depressivo quando se diagnostica a perturbação.


Tratamento

A Psicoterapia revela-se de grande eficácia para as pessoas com perturbação obsessiva e compulsiva.

Por vezes numa fase inicial pode ser necessária uma combinação da psicoterapia com a farmacoterapia.

No entanto, o facto destes pacientes muitas acreditarem que conseguem controlar a situação sozinhos, dominar os seus próprios pensamentos, acabam por deixar arrastar a situação durante vários anos, e chegam-nos, muitas vezes, num estado já muito avançado da doença, em que já perderam o controlo total sobre as suas vidas e em que já não conseguem funcionar, ou quando alguém os obriga a pedir ajuda!


Um caso

O cliente estava desesperado. Ao longo dos anos em que durava o problema, apesar de alguns períodos em que parecia que melhorava, o facto é que a situação, gradualmente, se agravava e, nesse momento, tinha, já, proporções assustadoras. A sua qualidade de vida tinha baixado bastante: cada vez mais isolado e cada vez mais impossibilitado de se conseguir organizar no tempo. As suas obsessões perseguiam-no dia e noite.
       Os seus comportamentos compulsivos eram vistos como bizarros pelas pessoas que o rodeavam, determinando o seu progressivo afastamento e um sofrimento grande por se sentir incompreendido e estranho. O tempo que era consumido em hospitais e a fazer análises roubava-lhe a possibilidade de investir o seu tempo de uma forma útil e agradável. A sua grande obsessão era ser contaminado pelo vírus HIV, ou por alguma outra doença grave. Além do sofrimento diário com estas ideias obsessivas, os seus comportamentos compulsivos eram muito visíveis e consumiam muito tempo: Ia quase diariamente às urgências do Hospital, com sintomas diferentes, para que lhe fizessem análises. Por vezes intercalava com análises em clínicas privadas, para confirmar que estava contaminado. O seu lado "mais saudável" permitia que reconhecesse a irracionalidade do seu comportamento, mas o medo era mais forte e não conseguia evitar as suas idas ao hospital.

Quando nos conhecemos, numa urgência, não dormia há mais de 48 horas, não comia há algum tempo, vivia completamente isolado no seu quarto, e o trabalho há mais de um mês que tinha entrado de baixa médica. …Impossível descrever aqui tudo. De tal forma, que o seu comportamento diário se tornava muito estranho para quem o via e era motivo de permanente ansiedade e sofrimento. Dada a complexidade deste caso, foram precisas muitas sessões para que a normalidade voltasse a instalar-se na sua vida. Mas houve um final feliz: ficou bem!

 

Deixo por isso um alerta: não deixe que o seu sofrimento se arraste.  Esta situação não se resolve com o tempo!


A doença mental tem cura. Mas precisa de intervenção especializada!


Não tenha vergonha! Peça ajuda! Cuide da sua saúde.

 

Maria de Jesus Candeias, Psicoterapeuta Psicanalítica e Psicóloga Clínica

 

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Perturbação de Personalidade Borderline e Comportamentos suicidários na Adolescência: sinais de risco e alerta

 


Deixo-vos um vídeo publicado hoje, de uma entrevista minha cedida à PsicoTV sobre Perturbação da Personalidade Borderline e os Comportamentos Suicidas em adolescentes e adultos. Falámos no surgimento do meu interesse nestas áreas, o agravamento da da doença mental durante crises, os sinais de alerta, a importância de campanhas e informações para sensibilizar e desmistificar esses temas. Um vídeo informativo e inspirador para quem procura compreensão e reflexão sobre essas temáticas delicadas.

Espero que seja um contributo importante para todos os pais, educadores, e em primeiro lugar para todos aqueles que sofrem! A Prevenção é essencial!

quarta-feira, 31 de maio de 2023

“Os rituais levam-nos a fazer balanços e a ver o que é preciso mudar, mas não há milagres: é preciso fazer por isso”

A psicóloga, psicoterapeuta e investigadora Maria de Jesus Candeias, um dos membros fundadores da PsiRelacional, aborda os efeitos psicológicos de um ano negro e o valor dos rituais para entrar num novo ciclo com saúde e resiliência



2020 foi um annus horribilis à escala global. Com perdas e ameaças de toda a ordem, colocou as relações humanas à prova, mas trouxe também a possibilidade de nos reinventarmos e de integrar o que vivemos com um novo olhar, mais empático, flexível, ajustando comportamentos

Quando o ano começou, não imaginávamos ter de testemunhar tanto medo, dor e privação social. Para muitos, foi a impossibilidade de velar os seus mortos, para outros, a ausência de suporte na hora de trazer alguém ao mundo, num ambiente asséptico e sem o contacto físico que tinham por garantido. 

A gestão desta nova realidade não tem de ser um processo traumático se houver espaço para falarmos uns com os outros e reorganizarmos emoções e pensamentos 


“A pandemia tirou-nos o chão e começou por ser vivida como um tempo de estranheza e de desorientação”, reconhece a psicóloga Maria de Jesus Candeias. Porém, “a gestão desta nova realidade não tem de ser um processo traumático se houver espaço para falarmos uns com os outros e reorganizarmos emoções e pensamentos”. 

Para muitos, a maior dificuldade consistiu em gerir o dilema psíquico: a saúde ou a relação? Ficar perdido nessa visão dicotómica pode conduzir a defesas menos saudáveis, pela incapacidade de tolerar o que está a acontecer, que se manifestam em posições extremas, do isolamento excessivo à negação da realidade. O desafio é conseguir integrar a atual realidade e ter em mente que a crise é transitória: “O melhor indicador de saúde mental está na capacidade de ajustar atitudes e comportamentos, com flexibilidade, e dar tempo ao tempo, sem rigidez mental.”

Uma das coisas que este ano com sabor amargo trouxe foi levar-nos a repensar os modelos sociais que nos pautam: “O ‘eu quero, eu tenho; eu desejo e acontece’ geram frustração permanente; há que tolerar a frustração e admitir alguma dose de sacrifício.”

Nesta quadra natalícia, com alívio das restrições a que assistimos nos últimos meses, “é preciso relativizar, ter moderação e adiar a gratificação que virá, respeitando esse tempo de espera com responsabilidade e valores, como a empatia.” 

O poder dos rituais

Com o Novo Ano à porta, importa lembrar a importância dos rituais e das celebrações. Podem ser os velórios, “que têm uma função psíquica de expressar a dor”, ou as comemorações que marcam a transição para um novo ciclo, deixando para trás o anterior. “As datas simbólicas que trazem a possibilidade de esperança e de transmutação no novo ciclo, pois o nascimento de uma ação começa no desejo e no pensamento”, diz Maria de Jesus Candeias.

As celebrações e votos de ano novo têm, por isso, uma função securizante e terapêutica, na medida em que constituem âncoras para nos reorganizarmos: “Os rituais levam-nos a fazer balanços e a ver o que é preciso mudar, mas não há milagres e soluções imediatas, é preciso fazer por isso.” 

Depois de um ano trágico que está a chegar ao fim, há um caminho a percorrer e que é feito de pequenos passos, tendo presente que amanhã é outro dia e que tudo é possível. 

Entrevista cedida por Maria de Jesus Candeias ao Programa Conversas com Saúde da Revista Visão


quarta-feira, 17 de maio de 2023

Psicoterapia de Grupo | Adolescentes e Jovens Adultos- Mentalization Based Group Therapy - VAGAS ABERTAS


 

👉Vagas Abertas:

Grupos de Adolescentes e jovens adultos 5ª feiras 18h45- 20h10

👉Se quiser ser contactada (o) para saber mais informações, submeta o questionário abaixo:

https://forms.gle/qWU42asAxo6AFtio7


É pai ou mãe de um adolescente ou jovem adulto? És adolescente ou Jovem adulto? Tens algum destes Problemas?:

⚡️Problemas Emocionais (alterações graves do humor)-

⚡️Dificuldades nas relações interpessoais (elevada conflitualidade ou medo de te relacionares)

⚡️Problemas no controlo da tua impulsividade

⚡️Problemas do comportamento- autolesivos, suicidários, consumos de substâncias, comportamentos de risco

⚡️Problemas alimentares (anorexia e bulimia)

✅Este Grupo Pode Ajudar-te!

✅A Psicoterapia de grupo baseada na Mentalization Based Group Therapy tem eficácia terapêutica comprovada no tratamento destes problemas.

👉Destinatários: Adolescentes e Jovens adultos (15-25 anos aprox.)

👉Funcionamento dos grupos:

Regularidade Semanal.

Máximo de 9 pessoas / grupo

Preço | 25 Euros por sessão

👉Horários:

Grupos de Adolescentes e jovens adultos 5ª feiras 18h45- 20h10

👉Avaliação Inicial

A entrada no grupo requer uma consulta inicial individual de avaliação prévia para entender quais são as dificuldades e considerar o tratamento mais adequado.

👉Se quiser ser contactada (o) para saber mais informações, submeta o questionário abaixo:

https://forms.gle/qWU42asAxo6AFtio7

👉 Outras informações :

jesuscandeias@gmail.com

Telemóvel ou Whatsapp 00 351 919918225


👉O que é a Terapia baseada em mentalização (MBT)?

A terapia baseada em mentalização (MBT) é um tipo de psicoterapia psicodinâmica, de longo prazo, fundamentada na teoria da vinculação. Assume que uma vinculação desorganizada promove uma falha na capacidade de mentalização.

Mentalizar, é a capacidade de focar e diferenciar entre seu próprio estado emocional e o dos outros. Entender como o estado mental de alguém influencia o comportamento, é uma função cognitiva normal em todos os humanos e que é a base de todas as relações humanas.

No entanto, esta função cognitiva encontra-se limitada em algumas pessoas, que apresentam maior dificuldade em mentalizar sobre si e sobre os outros. Esta dificuldade em mentalizar, é particularmente afetada quando nos encontramos emocionalmente vulneráreis. Quando vivenciamos situações de stress, ou com grande desregulação emocional.

O aprimoramento da mentalização e a melhoria da regulação emocional e comportamental estão no centro do tratamento MBT.

A MBT Permite que os pacientes alcancem os seus objetivos de vida e desenvolvam relacionamentos mais íntimos e gratificantes.

👉Como funciona?

A terapia baseada em mentalização ajuda os pacientes a pensar antes de reagir aos seus próprios sentimentos ou aos sentimentos percebidos dos outros. Com uma capacidade aprimorada de mentalizar, os pacientes não apenas processam seus próprios pensamentos, sentimentos e comportamentos relacionados de maneira diferente, mas também entendem melhor que os pensamentos, sentimentos e comportamentos de outra pessoa podem diferir de sua própria interpretação.


👉A Terapia Baseada na Mentalização (MBT) tem por objectivo:

Desenvolver a consciência dos participantes sobre os estados mentais em si e nos outros, aumentando a sua capacidade de mentalização.

Dentro do contexto do grupo, isso traduz-se na criação de um ambiente no qual os participantes se sintam seguros, de forma a estimular a curiosidade dos adolescentes sobre os seus colegas, sobre motivações subjacentes e factores que inibem as suas capacidades de mentalização, ajudando-os a responderem de forma diferente, aumentando a sua percepção de autoconfiança.

Isso envolve o desenvolvimento de uma consciência de como os processos pré-conscientes (mentalização implícita), que mantêm a força dos padrões relacionais precoces, podem influenciar os nossos pensamentos e comportamento e tornar essas suposições automáticas explícitas. Essa habilidade ajudará o paciente a evitar interpretar mal o significado de outra pessoa e a responder adequadamente a ela.

O grupo visa fomentar uma curiosidade respeitosa e genuína em compreender as conexões entre sentimentos, pensamentos e ações no aqui-e-agora.


👉O que esperar numa sessão de Terapia MBT

A participação de cada membro no grupo é fundamental para o tratamento próprio e dos outros membros. O terapeuta de grupo lidera o grupo e ajuda os membros a desenvolver uma compreensão da mente e da situação pessoal de cada pessoa.

Durante as sessões de terapia baseada em mentalização (MBT), cada um dos participantes concentra-se nas dificuldades da sua vida actual para melhorar a sua compreensão de si mesmo e dos outros. Ao concentrar-se em tentar compreender os seus próprios pensamentos e sentimentos e os de outras pessoas, a MBT pode ajudá-lo a compreender e controlar melhor seus impulsos, emoções e comportamentos. E isso, vai sem dúvida, ajudá-lo a melhorar o seu relacionamento com as outras pessoas.

Durante o grupo, os participantes são expostos a diferentes pontos de vista e têm a oportunidade de aprender com os outros, receber feedback e apoio. Cada indivíduo traz consigo sua história e carácter, o que contribui para qualquer situação de grupo. Entender isso pode reduzir a confusão entre como somos semelhantes e diferentes das outras pessoas.

No entanto, falar e pensar sobre problemas emocionais pode ser difícil. A pessoa pode se sentir ansioso ao falar em grupo. Por esse motivo, algumas pessoas podem sentir-se pior antes de se sentirem melhor. Porém, o terapeuta do grupo vai estar lá, consigo, para o ajudar a gerir essas fortes reações emocionais.

Para algumas pessoas, participar de uma sessão em grupo pode deixá-las com raiva ou piorar os sentimentos de depressão, ou sentir que estão sendo criticadas por outros membros do grupo.

Pode ser doloroso enfrentar o passado e a verdade, mas isso tem seus limites e o terapeuta que lidera o grupo respeita isso. O terapeuta também tem seus limites sobre o que pode entender e ajudar.

Embora um grupo possa parecer um pouco intimidador no início, muitas pessoas descobrem que, depois de superar essa preocupação, elas realmente são beneficiadas ao compartilhar e encontrar-se com outras pessoas.


👉Eficácia

O MBT é recomendado pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados (UK) para o tratamento de pessoas com Perturbação de personalidade Borderline, personalidade antissocial, dependências (emocionais ou de substâncias), perturbações alimentares, e depressão.


👉O que é a Mentalização?

Mentalizar, é a capacidade de focar e diferenciar entre seu próprio estado emocional e o dos outros. Entender como o estado mental de alguém influencia o comportamento, é uma função cognitiva normal em todos os humanos e é a base de todas as relações humanas.

No entanto, esta função cognitiva encontra-se limitada em algumas pessoas, que apresentam maior dificuldade em mentalizar sobre si e sobre os outros. Esta dificuldade em mentalizar, é particularmente afetada quando nos encontramos emocionalmente vulneráreis, quando vivenciamos situações de stress, ou quando temos grande desregulação emocional.

As pessoas em geral, e os jovens em particular, com perturbações emocionais e da personalidade apresentam uma variedade de características e comorbilidade associada, no entanto diferem significativamente na forma como pensam, percepcionam, sentem e se relacionam com os outros.

As maiores dificuldades são caracterizadas por oscilações extremas do humor, imprevisibilidade do comportamento, persistentemente instáveis, auto imagem negativa, relações caracterizadas por desconfiança, com grandes dificuldades na regulação emocional que prejudicam a mentalização.

Estas dificuldades levam frequentemente a comportamentos incongruentes e descontrolados (actos autolesivos, violência, e abuso de substâncias) angustiando o próprio e as pessoas que se encontram a volta dela.

A Terapia Baseada na Mentalização (MBT) considera estes comportamentos desadaptativos como o resultado de uma falha de mentalizar o impacto na capacidade da pessoa de regular os afectos e emoções e que tem em parte as transformações neurológicas temporárias que comprometem a capacidade de mentalizar.

Embora também possa haver uma base genética, a incapacidade de mentalizar geralmente decorre de um apego inseguro a um dos pais ou de problemas de abandono no início da vida.

Se a pessoa não compreende os seus próprios sentimentos e os dos outros, pode ter dificuldade em regular as suas próprias emoções e comportamentos problemáticos, bem como, dificuldade em identificar correctamente os pensamentos e os sentimentos dos outros. A não compreensão da intenção por trás do comportamento de outras pessoas pode levar a responder de forma impulsiva e inadequada, podendo comprometer e dificultar os relacionamentos.


👉Se quiser ser contactada (o) para saber mais informações, submeta o questionário abaixo:

https://forms.gle/qWU42asAxo6AFtio7

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Perturbação Obsessiva- Compulsiva



É uma perturbação muito frequente (segundo alguns estudos, é a 4ª perturbação psicológica mais frequente, afectando 1 em cada 40 adultos), mas com contornos muito individualizados - cada caso é um caso - e, por isso, difícil de explicar em poucas linhas.

De uma forma genérica, trata-se de uma perturbação da ansiedade caracterizada por obsessões e compulsões.

As obsessões são pensamentos e imagens, intrusivos e indesejados, que a pessoa sente que não consegue controlar, e que a fazem sentir-se extremamente ansiosa.


As compulsões são comportamentos ou actos mentais repetitivos e rígidos que acabam por ser protectores na medida em que, de uma forma algo mágica, fazem baixar a ansiedade logo após terem sido executados.

A obsessão compulsiva caracteriza-se pela presença de ideias, de imagens ou de impulsos recorrentes, não desejados, invasores que parecem sem sentido, estranhos, indecentes ou aterradores (obsessões) e, ao mesmo tempo, uma urgência ou uma compulsão para fazer algo que liberte da incomodidade causada pela obsessão.


Podem existir pacientes que só apresentem obsessões sem que passem ao acto, ou seja, que executem rituais compulsivos.


Os temas obsessivos omnipresentes são o dano, o risco ou o perigo. Entre as obsessões mais frequentes estão as preocupações pela contaminação, pela dúvida, pela perda e pela agressividade.

Caracteristicamente, as pessoas com uma perturbação obsessivo-compulsiva sentem-se impulsionadas a efectuar rituais (actos repetitivos, com um propósito, intencionais).

Os rituais utilizados para controlar uma obsessão incluem lavar-se ou limpar-se para se libertar da contaminação, verificações repetitivas para suprimir as dúvidas, guardar as coisas para que não se percam e evitar as pessoas que pudessem ser objecto de agressão. De um modo geral, os rituais consistem na lavagem excessiva das mãos ou na verificação repetitiva para se assegurar de ter fechado a porta. Outros rituais são mentais, como o cálculo repetitivo ou fazer afirmações para diminuir o perigo.
A obsessão compulsiva é diferente da personalidade obsessivo-compulsiva.

As pessoas podem ter uma obsessão por qualquer coisa e os seus rituais não estão sempre ligados de forma lógica à incomodidade que se tenta aliviar. Por exemplo, uma pessoa que está preocupada com a contaminação pode ter sentido alívio uma vez ao ter metido casualmente a sua mão no bolso. A partir desse momento, cada vez que surge uma obsessão relacionada com a contaminação, introduz repetidamente a sua mão no bolso.

Em geral as pessoas com perturbações obsessivo-compulsivas estão conscientes de que as suas obsessões não reflectem riscos reais.
Reconhecem que o seu comportamento físico e mental é excessivo ao ponto de chegar a ser insólito. Porém não conseguem alterar o rumo dos seus pensamentos. Daí a diferença entre a obsessão compulsiva e as perturbações psicóticas, nas quais as pessoas perdem contacto com a realidade.

A obsessão compulsiva afecta cerca de 2,3 % dos adultos e acontece aproximadamente com a mesma frequência nas mulheres e nos homens.
Como as pessoas afectadas por esta perturbação temem a vergonha de serem descobertas, realizam, com frequência, os seus rituais de modo secreto, embora estes lhes tomem várias horas por dia.
Cerca de um terço das pessoas com uma obsessão compulsiva encontra-se em estado depressivo quando se diagnostica a perturbação. No conjunto, dois terços sofrem de depressão em algum momento.

Tratamento


A Psicoterapia revela-se de grande eficácia para as pessoas com obsessão compulsiva.
Por vezes numa fase inicial pode ser necessária uma combinação da psicoterapia com a farmacoterapia.

O problema destes pacientes muitas vezes é acreditarem que sozinhos conseguem controlar a situação, dominar os seus próprios pensamentos, acabando por deixar arrastar a situação durante vários anos, e só nos chegam muitas vezes, em extrema gravidade, quando perderam o controlo total sobre as suas vidas e percebem que já não conseguem funcionar, ou quando alguém os obriga a pedir a juda!


Um caso
O cliente estava desesperado. Ao longo dos anos em que durava o problema, apesar de alguns períodos em que parecia que melhorava, o facto é que a situação, gradualmente, se agravava e, nesse momento, tinha, já, proporções assustadoras.A sua qualidade de vida tinha baixado bastante: cada vez mais isolado e cada vez mais impossibilitado de se conseguir organizar no tempo. As suas obsessões perseguiam-no dia e noite.
Os seus comportamentos compulsivos eram vistos como bizarros pelas pessoas que o rodeavam, determinando o seu progressivo afastamento e um sofrimento grande por se sentir incompreendido e estranho. O tempo que era consumido em hospitais e a fazer análises roubava-lhe a possibilidade de investir o seu tempo de uma forma útil e agradável. A sua grande obsessão era ser contaminado pelo vírus HIV, ou por alguma outra doença grave. Além do sofrimento diário com estas ideias obsessivas, os seus comportamentos compulsivos eram muito visíveis e consumiam muito tempo: Ia quase diariamente às urgências do Hospital, com sintomas diferentes, para que lhe fizessem análises. Por vezes intercalava com análises em clínicas privadas, para confirmar que estava contaminado. O seu lado "mais saudável" permitia que reconhecesse a irracionalidade do seu comportamento, mas o medo era mais forte e não conseguia evitar as suas idas ao hospital.
Quando nos conhecemos, numa urgência, não dormia há mais de 48 horas, não comia há algum tempo, vivia completamente isolado no seu quarto, e o trabalho há mais de um mês que tinha entrado de baixa médica. ..Impossível descrever aqui tudo. De tal forma, que o seu comportamento diário se tornava muito estranho para quem o via e era motivo de permanente ansiedade e sofrimento. Dada a complexidade deste caso, foram precisas 24 sessões para que a normalidade voltasse a instalar-se na sua vida. Mas houve um final feliz: ficou bem!

Fique bem! Não deixe que o seu sofrimento se arraste! Contacte-me!

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Supervisão Clínica

 



A supervisão de casos clínicos é considerada como um dos três pilares da formação de um psicoterapeuta, juntamente com a própria psicoterapia e o estudo de textos.

A carreira de psicólogo exige um investimento permanente na formação e na actualização de conhecimentos teóricos e práticos, para poder dar resposta aos desafios da profissão de modo competente.

Pelo que, a supervisão clínica em psicologia se assume como um processo fundamental para a formação teórico-prática dos psicólogos, e em especial daqueles que pretendem ou exercem em contexto clínico e desejam especializar-se em psicoterapia.

De um modo geral, a supervisão clínica em psicologia é definida como um processo de ensino e de aprendizagem, de relação formal e colaborativa entre supervisor e supervisando, com vista ao desenvolvimento de competências terapêuticas essenciais para o exercício pleno da prática clínica.

supervisão clínica tem como objetivo desenvolver competências de reflexão clínica, tomando como base os casos clínicos acompanhados, bem como melhorar capacidades relacionais específicas, essenciais para o estabelecimento de uma boa relação terapêutica.

Qual a importância da Supervisão Clínica em Psicologia?

A supervisão clínica em psicologia constitui um elemento essencial para a boa prática clínica, favorecendo a interligação entre a teoria e a prática, permitindo a adequação da atitude do Psicoterapeuta às necessidades específicas de cada paciente, em contexto clínico. Neste sentido, o principal objectivo da supervisão passa pelo desenvolvimento de competências profissionais, de habilidades terapêuticas, e de princípios éticos e interpessoais do papel do terapeuta na intervenção clínica.

Modalidades de supervisão clínica em Psicologia

A supervisão pode ser:

-Individual. Tem uma duração de cerca de 50 minutos

-Em grupo. O grupo constitui-se quando há 2 ou mais supervisandos, até 4 elementos preferencialmente.

Uma supervisão de grupo tem uma duração variável, consoante o número de elementos que o integra, uma vez que, cada participante tem cerca de 25 minutos para expor as suas dúvidas e casos que acompanha. Nesse período de tempo, cada elemento pode expor mais de uma vez os seus casos e dúvidas, de forma rotativa e equitativa entre todos.

A Supervisão Clínica pode ser presencial ou online

 A modalidade online (videoconferência) favorece a interação e acessibilidade ao supervisor a qualquer momento, o que por si só também fortalece a relação com o supervisor. Esta modalidade mantém a mesma qualidade e regras que a presencial.

Como devo escolher um supervisor?

O supervisando deve fazer a escolha do seu supervisor a partir de um processo de identificações. Deve identificar-se quer com o perfil do supervisor, quer com a abordagem teórica profissional que este utiliza, pois estas identificações serão essenciais para manter a sua motivação e para alcançar um resultado satisfatório.

Saliento ainda, a importância da selecionar um supervisor credenciado. A supervisão deve ser dada por um psicólogo especialista em Psicoterapia, com mais de 7 anos de prática clinica e com grande conhecimento teórico-científico. É igualmente importante a ligação do supervisor a uma Associação/Sociedade na área da Psicologia ou Psicoterapia, enquanto formador, pois isso confere-lhe além da qualificação, a habilidade para o processo de ensino.

Maria de Jesus Candeias, Psicoterapeuta e Supervisora Clínica


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