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quarta-feira, 28 de abril de 2010

DIA da Mãe na primeira Pessoa

 
 Artigo publicado IN  REVISTA FOCUS de 28 de Abril de 2010

O conceito de Amor Materno apesar de universalmente reconhecido, surgiu apenas no último terço do séc. XVIII quando se deu uma revolução de mentalidades que conduziu a uma alteração na imagem de mãe, no seu papel e na sua importância.


De acordo com a psicóloga Maria de Jesus Candeias, a partir desta altura começa a considerar-se a criança o objecto de valor privilegiado na atenção materna e insiste-se em que a mulher se sacrifique para a melhor qualidade de vida do seu filho.

Um dos primeiros indicadores de mudança no comportamento da mãe é a amamentação.

Com as mudanças nas vivências familiares que surgem no final do séc. XVIII e durante o séc. XIX com a valorização dos laços afectivos em especial em torno da figura da mãe. “Começou a dar-se um sentido diferente à maternidade, alargada e estendida à vivência da família muito para além dos nove meses de gravidez”.

A Psicanálise dá no séc. XIX um contributo decisivo para a compreensão e promoção do papel fundamental da mãe no desenvolvimento da criança e vem promover a mãe, a grande responsável pela felicidade do seu filho que passará a ser uma grande marca na definição do seu papel, e o quanto esta é importante na construção da personalidade do novo ser.

Como refere Winnicot, psicanalista inglês “ o primeiro espelho da criatura humana é o rosto da mãe, o seu olhar, sorriso, expressões faciais etc” Opinião partilhada por Maria de Jesus Candeias, que afirma que “A relação entre mãe e filho, que se desenvolve e estabelece ainda antes do nascimento, vai moldar o desenvolvimento intelectual e emocional da criança”

A psicóloga reflecte sobre o papel da mãe e afirma que: A relação que se estabelece entre mãe e filho, desde os primeiros momentos de vida será a base da segurança, autoconfiança, auto-estima e capacidade para estabelecer relações ao longo da vida da criança.

E é a partir do reflexo do espelho da mãe que a criança se vai reconhecendo, vai sentir que é amada, e vai passando a existir e construir a sua identidade.

É a mãe pelo seu discurso que vai ensinando a criança a ler e a compreender o mundo à sua volta, ajudando a criança a dar significado aquilo que a rodeia.

É a mãe que por assim dizer trata a informação que o bebé recebe, que a transforma, reduzindo os seus estados de tensão e de mal-estar e facilita a adaptação e o bem-estar do bebé.

É este trabalho mental da mãe de transformação dos estados da criança, de «continente psíquico», que salvaguarda a qualidade das suas primeiras experiências e que são decisivas para o sentimento do “EU”, e indispensáveis para a sua formação e desenvolvimento.

Uma adequada maternagem deve facilitar uma lenta e gradual separação e abrir caminho para a entrada em cena de um pai, passando de uma diade para uma relação a três, passando a criança a reconhecer a existência de terceiros numa relação, ensinando desta forma a criança a socializar-se.

É a mãe a fundadora dos valores e das auto-representações da criança. É ela enquanto primeiro elemento de vinculação, que vai a criança a “ler o mundo à sua volta” e a tornar-se pessoa. A mãe é pois um importante modelo de identificação para o filho.

Porém, não podemos deixar de referir que o amor maternal é algo infinitamente complexo e imperfeito;

O amor Materno depende não só da história pessoal de cada mulher, da oportunidade da gravidez, do seu desejo da criança, da relação com o pai mas também de factores sociais, culturais e profissionais.

Não é raro verificar que «em relação aos filhos, todas as mulheres repetem a história da sua própria relação com a sua mãe ».

Ser mãe é pois um grande desafio. Infelizmente não há receitas para ser mãe! E deixemos de ilusões : não há mães perfeitas!

O Ideal são mães “suficientemente boas” atentas, disponíveis, dispostas a aprender com o próprio filho, disponíveis para pensar a maternidade e romper com repetições geracionais muitas vezes patológicas, e principalmente com grande capacidade de amar!


Artigo publicado na Revista  FOCUS de 28 de Abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

Quando o corpo reflecte as dores da alma...

" Frida Kahlo"

As ciências médicas admitem hoje que mais de oitenta por cento das doenças são de origem psicossomática.

O que são doenças psicossomáticas?

São doenças do foro psicológico com expressão física.

Pelo facto da sua génese ser psíquica não deixam de causar mal-estar ao nível físico e não são para descurar ou desvalorizar. São exemplos dessas doenças a asma, os eczemas, as dores de cabeça, os problemas gástricos e abdominais, arritmias, enxaquecas, quistos, entre outros.

Regra geral, as somatizações ocorrem em pessoas com grande dificuldade em expressar e exteriorizar os seus sentimentos, sua raiva, sua tristeza, suas preocupações, gerando um elevado nível de tensão interna que acaba por ser descarregado no corpo, geralmente nos pontos mais sensíveis da pessoa, fazendo com que esta adoeça físicamente.

O conflito psíquico que a criança ou o adulto apresenta e que não consegue ou não pode verbalizar, por ser na maioria das vezes inconsciente, assume manifestações físicas que provocam um enorme sofrimento quase sempre ao longo da vida, porque a componente psíquica é quase sempre relegada para segundo plano, por outros técnicos de saúde que insistem apenas no tratamento físico.

A qualidade de relação desenvolvida no seio da família e nomeadamente com a mãe nos primeiros tempos de vida poderá estar na origem de somatizações posteriores.

São exemplos de manifestações somáticas as dores de barriga das crianças que não tem causa física, dores de cabeça (as vulgares enxaquecas dos adultos), ataques de asma, infecções crónicas do aparelho respiratório que não desaparecem apesar de já terem tomado vários antibióticos, eczemas que persistem uma vida inteira, alguns problemas de pele entre outros sintomas.

A recusa e a resistência das pessoas a pensarem nestes temas e na possibilidade de haverem causas psíquicas para muitas doenças leva a que os sintomas se arrastem uma vida inteira sem cura ou melhoras significativas possíveis através de uma psicoterapia.

É mais fácil aceitar as doenças físicas do que a incapacidade de "aguentar" a dor mental.

Quem é psiquicamente saudável e teve uma relação suficientemente boa com os pais, foi amado, então a hipótese de desenvolver doenças são menores.
 
As investigações psicossomáticas revelam que quanto mais amor existe menos doenças se desenvolvem.
 
Mais amor, menos doença.

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