
“A autodestruição surge após múltiplas perdas, fragmentos de dias perdidos ao longo dos anos, rupturas, pequenos conflitos que se acumulam hora a hora, a tornar impossível olhar para si próprio.O suicídio é uma estratégia, às vezes uma táctica de sobrevivência. Quando o gesto falha, tudo se modifica em redor após a tentativa. E quando a mão, certeira, não se engana no número de comprimidos ou no tiro definitivo, a angústia intolerável cessa naquele momento e, quem sabe, uma paz duradoura preenche quem parte. Ou, pelo contrário e talvez mais provável, fica-se na dúvida em viver ou morrer, a cabeça hesita até ao último momento, quer-se partir e continuar cá, às vezes deseja-se morrer e renascer diferente."É importante que não nos fiquemos pelas aparências. O aparente bem-estar de um jovem, ou adulto, nomeadamente o viver ‘tudo bem’, podem esconder um grande sofrimento interior, que só uma relação de maior proximidade poderá detectar. Estejamos, pois, atentos à nossa volta, para tentarmos evitar um gesto fatal. Se porventura ele acontecer, devemos interrogar-nos em silêncio sobre o que terá falhado e divulgar os serviços de ajuda já existentes no nosso país, de modo a evitar outras mortes”
1. Dor psicológica intolerável (por falta das necessidades psicológicas elementares)
2. Perda da auto-estima (com incapacidade para aguentar a dor psicológica)
3. Constrição da mente (menos horizontes e menos tarefas)
4. Isolamento (sensação de vazios e de falta de amparo)
5. Desesperança (sensação de nada valer a pena)
6. Egressão (fuga como única solução para acabar com a dor intolerável)
Psicopatológicos
2. Modelos suicidários: familiares, pares sociais, histórias de ficção e/ou notícias veiculadas pelos média;
3. Comportamentos suicidários prévios;
4. Ameaça ou ideação suicida com plano elaborado.
2. Pertencer ao sexo masculino e raça branca;
3. Morte do cônjuge ou de amigos íntimos;
4. Escolaridade elevada;
5. Presença de doenças terminais (HIV, cancro etc.);
6. Hospitalizações frequentes, psiquiátricas ou não;
7. Família actual desagregada: por separação, divórcio ou viuvez.
1. Ausência de projectos de vida;
2. Desesperança contínua e acentuada;
3. Culpabilidade elevada por actos praticados ou experiências passadas;
4. Perdas precoces de figuras significantes (pais, irmãos, cônjuge, filhos);
5. Ausência de crenças religiosas.
1. Habitar em meio urbano;
2. Desemprego;
3. Mudança de residência;
4. Emigração;
5. Falta de apoio familiar e/ou social;
6. Reforma;
7. Acesso fácil a agentes letais, tais como armas de fogo ou pesticidas;
8. Estar encarcerado.
Acto não fatal, através do qual o indivíduo protagoniza um comportamento invulgar, sem intervenção de outrém, causando lesões a si próprio ou ingerindo uma substância em excesso, além da dose prescrita, reconhecida geralmente como terapêutica, com vista a conseguir modificações imediatas com o seu comportamento ou a partir de eventuais lesões físicas consequentes. É no sexo feminino que possui uma maior incidência, isto é, são as mulheres, em especial na sua juventude, que mais adoptam este tipo de comportamento e que está, regra geral, associado a um conjunto de perturbações emocionais, caracterizando-se pela prática de actos que simulam longinquamente a vontade de terminar a vida, mas com a peculiaridade de deixar pistas para que o acto não resulte na própria morte. Infelizmente, este tipo de comportamentos e situações nem sempre é descoberto a tempo de evitar uma morte. Por exemplo, uma adolescente que tomou um "cocktail" de medicamentos para simular e fazer sentir a sua dor, o seu desespero, contando que um familiar chegasse a casa a tempo de a poder transportar ao hospital, mas que, por razões diversas tal não acontece e aquilo não pretenderia passar de um grito de ajuda, transforma-se num suicídio, embora não fosse essa a verdadeira intenção.
Ao contrário do para-suicídio, a tentativa de suicídio é entendida como o acto levado a cabo por um indivíduo e que visa a sua morte, mas que por razões diversas não é alcançada. É o nível de intencionalidade uma dos principais diferenças entre estes actos, sendo na tentativa de suicídio superior. A precipitação propositada de um local bastante alto, pode considerar-se como uma tentativa de suicídio caso não resulte na própria morte, no entanto, é importante referir que é neste quadro que resultam mais incapacitações como consequência da intencionalidade do acto. Dir-se-ia que é um suicídio frustrado.
E Para Si que pensa no Suicídio
ola eu sou uma pessoa calma mais vivo sosinho não tenho amigos vivo numa solidão as pesoas parecem ter medo de mim eu não sou feio sou carente vivo nu mundo de solidão e tristesa so não demostro as veses da vontade de sematar ou fazer outro tipo de loucura obrigado um abraço
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