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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Consumo de Substâncias Psicoactivas: uma forma de iludir a dor...

O uso de drogas psicotrópicas tem aumentado exponencialmente na nossa sociedade, com grande significado nos nossos jovens mas também em muitos adultos.
As consequências fatais do consumo deste tipo de substãncias são do conhecimento de quase todos, mas muitos acham que "são diferentes" e que "têm tudo sob controlo".
Mera Ilusão!!
Detenhamo-nos então mais uma vez sobre o assunto!
O uso de drogas psicotrópicas pode levar a perturbações mentais e comportamentais graves. Estas perturbações diferem pela gravidade e pela diversidade dos sintomas, mas têm em comum o facto de serem todas causados pelo uso de uma ou mais substâncias psicoactivas, receitadas ou não por um médico.

O quadro pode ser de uma intoxicação aguda, proveniente da ingestão de bebidas alcoólicas ou de quaisquer outras substâncias psicotrópicas.

As consequências são, geralmente, perturbações da consciência, das funções cognitivas, da percepção, do afecto, do comportamento ou de outras funções e respostas fisiológicas.
Estas perturbações têm relação directa com o efeito da substância consumida e normalmente desaparecem com o tempo, excepto nos casos em que surjam lesões orgânicas ou outras complicações, tais como: traumatismo, aspiração de vómito, ‘delirium’, coma, convulsões, ‘overdose’ – que pode levar à morte – e outras complicações médicas.

Essas complicações tanto podem ser físicas (como, por exemplo, uma hepatite consequente a injecções de drogas pela própria pessoa) como psicológicas (por exemplo, episódios depressivos secundários a um grande consumo de álcool).

A dependência, seja de álcool ou de outras drogas, desenvolve-se após um repetido consumo destas substâncias e convergem num conjunto de fenómenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos, tais como:
· Um grande desejo de consumir (álcool, fármacos ou drogas ilícitas)
· dificuldade de controlar este consumo, com utilização persistente apesar consequências ;
· Maior prioridade dada ao uso destas “substâncias” em detrimento de outras actividades e obrigações
· Aumento da tolerância ao consumo da “substância”.

As dependências (alcoolismo ou toxicodependência) não podem ser entendidas apenas por causas genéticas ou físicas. As dependências devem ser vistas como um sintoma de algo mais profundo ao nível psicológico, encerrando sempre um sofrimento psíquico enorme.

Consequências

O mundo do consumidor vai se desmoronando rapidamente e daí por diante são só perdas e mais perdas.!
O abandono social e pessoal é a primeira causa de degradação da vida da pessoa consumidora.
A família quase nunca suporta conviver com o alcoólico, ou com um toxicodependente, quando este passa para a fase em que consome diariamente grandes quantidades para conseguir um estado de bem-estar psicológico, efémero, pois desaparece rapidamente e que conduz a mais consumo.

A legalidade do álcool e dos fármacos, contrariamente às drogas ilícitas, faz com que a dependência destas últimas seja mais facilmente identificada e assumida pelo indivíduo.

Já em relação ao álcool, existe muito alcoolismo escondido sob um beber social e cultural aceite socialmente.
O admitir que existem hábitos excessivos de consumo é sempre um passo para a procura de ajuda. A incapacidade para reconhecer isso leva a uma degradação continua, que provoca a morte e arrasta famílias num sofrimento atroz.

Porém, e em comum, estas dependências são um sintoma de um desenvolvimento traumático na relação afectiva, desenvolvida com as figuras presentes na vida do sujeito.
É esta a chave do diagnóstico, a explicação do nó que ata a vida da pessoa ao consumo substâncias psicoactivas, de forma compulsiva, passando estas a preencher o lugar das relações com outros e dos afectos, sempre ausentes da vida pessoal do consumidor compulsivo.
Estas “substâncias “ preenchem então a falha afectiva que se gerou algures numa fase da vida do sujeito, quase sempre na infância mais precoce.A pessoa consome para se sentir bem e desinibido, tem medo da intimidade relacional e uma auto-estima muito débil ou inexistente que se alimenta e cresce na medida da ingestão duma substância.
Álcool, fármacos e drogas ilícitas, passam a ser investidas como se fossem uma pessoa e passam a funcionar na vida do sujeito como se de facto de tratasse de uma presença.
O significado do “Consumo” é então a partir de certo momento em que as relações falharam, amor, amigo e companheiro, constituindo-se como valor relacional, ou seja substituindo o lugar do outro, na relação afectiva.
É possível tratar esta doença!
Numa fase inicial passa pela abstinência e desintoxicação com terapia medicamentosa e acompanhamento médico. Depois, assim que estiverem reunidas essas condições, ou em simultâneo, segue-se um tratamento psicoterapêutico, esse sim, transformador da relação que a pessoa tem com o álcool, substituindo-se aos poucos em verdadeiras relações, humanas e afectivas.
Porém, Só com o reconhecimento do problema e imbuído de toda a sua força de vontade poderá tomar a decisão de procurar a ajuda de que tanto necessita.!
Se ainda está consciente, e consegue ter a humildade de reconhecer as suas dificuldades, encontre coragem e peça ajuda, antes que o seu mundo se desmorone!
Se ainda lhe restou alguém a amar e apoiar nesta direcção, agarre a oportunidade!
Quanto antes tomar essa atitude, menos tortuoso será o caminho a percorrer até à abstinência.

1 comentário:

  1. Olá amiga JU. Passei por aqui para te dizer que tenho dois premios para ti no meu blog.

    Lidia

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