
Estas perturbações têm relação directa com o efeito da substância consumida e normalmente desaparecem com o tempo, excepto nos casos em que surjam lesões orgânicas ou outras complicações, tais como: traumatismo, aspiração de vómito, ‘delirium’, coma, convulsões, ‘overdose’ – que pode levar à morte – e outras complicações médicas.
Essas complicações tanto podem ser físicas (como, por exemplo, uma hepatite consequente a injecções de drogas pela própria pessoa) como psicológicas (por exemplo, episódios depressivos secundários a um grande consumo de álcool).
· Um grande desejo de consumir (álcool, fármacos ou drogas ilícitas)
· dificuldade de controlar este consumo, com utilização persistente apesar consequências ;
· Maior prioridade dada ao uso destas “substâncias” em detrimento de outras actividades e obrigações
· Aumento da tolerância ao consumo da “substância”.
As dependências (alcoolismo ou toxicodependência) não podem ser entendidas apenas por causas genéticas ou físicas. As dependências devem ser vistas como um sintoma de algo mais profundo ao nível psicológico, encerrando sempre um sofrimento psíquico enorme.
Consequências
O mundo do consumidor vai se desmoronando rapidamente e daí por diante são só perdas e mais perdas.!
O abandono social e pessoal é a primeira causa de degradação da vida da pessoa consumidora.
A família quase nunca suporta conviver com o alcoólico, ou com um toxicodependente, quando este passa para a fase em que consome diariamente grandes quantidades para conseguir um estado de bem-estar psicológico, efémero, pois desaparece rapidamente e que conduz a mais consumo.
A legalidade do álcool e dos fármacos, contrariamente às drogas ilícitas, faz com que a dependência destas últimas seja mais facilmente identificada e assumida pelo indivíduo.
Já em relação ao álcool, existe muito alcoolismo escondido sob um beber social e cultural aceite socialmente.
O admitir que existem hábitos excessivos de consumo é sempre um passo para a procura de ajuda. A incapacidade para reconhecer isso leva a uma degradação continua, que provoca a morte e arrasta famílias num sofrimento atroz.
É esta a chave do diagnóstico, a explicação do nó que ata a vida da pessoa ao consumo substâncias psicoactivas, de forma compulsiva, passando estas a preencher o lugar das relações com outros e dos afectos, sempre ausentes da vida pessoal do consumidor compulsivo.
Estas “substâncias “ preenchem então a falha afectiva que se gerou algures numa fase da vida do sujeito, quase sempre na infância mais precoce.A pessoa consome para se sentir bem e desinibido, tem medo da intimidade relacional e uma auto-estima muito débil ou inexistente que se alimenta e cresce na medida da ingestão duma substância.
Álcool, fármacos e drogas ilícitas, passam a ser investidas como se fossem uma pessoa e passam a funcionar na vida do sujeito como se de facto de tratasse de uma presença.
O significado do “Consumo” é então a partir de certo momento em que as relações falharam, amor, amigo e companheiro, constituindo-se como valor relacional, ou seja substituindo o lugar do outro, na relação afectiva.
Porém, Só com o reconhecimento do problema e imbuído de toda a sua força de vontade poderá tomar a decisão de procurar a ajuda de que tanto necessita.!
Olá amiga JU. Passei por aqui para te dizer que tenho dois premios para ti no meu blog.
ResponderEliminarLidia