
A ansiedade é uma emoção normal que existe em todos os seres humanos e de extrema importância para a sobrevivência.
É com a ansiedade que nós aprendemos a proteger-nos dos perigos fisicos e psicológicos.
Ficamos ansiosos quando antevemos o perigo de sermos assaltados, agredidos física ou verbalmente, dos nossos filhos serem atropelados na rua, entre muitas outras situações em que a ansiedade nos impele a preservar a integridade.
Portanto, a ansiedade é uma emoção reguladora da sobrevivência da espécie e como tal através da sua acção o ser humano aprende a defender-se do perigo. Esta é a função normativa da ansiedade, que, se estiver regulada(uma ansiedade normativa) desaparece rapidamente e, actua sobretudo como estimulante, ou seja, o ser humano precisa de manter níveis de ansiedade normais, para que consiga efectuar tarefas de qualquer natureza.
Quando o homem deixa de conseguir regular a ansiedade é porque ela se tornou patológica, logo fora do controlo da pessoa. Pode ter niveis de ansiedade elevados ao máximo,como pode não possuir qualquer ansiedade normal, que seja geradora de algum tipo de trabalho ou actividade. Em ambos os casos falamos de patologia.
O que é que causa a ansiedade?
As dificuldades da vida são normalmente o factor desencadeante da ansiedade patológica e nos casos agudos da angústia.
Além disso as dificuldades pessoais de inserção na sociedade, os conflitos internos do domínio afectivo, emocional e sexual podem conduzir a uma sintomatologia ansiosa.
As investigações indicam que toda a pessoa que sofre de ansiedade grave tem um profundo sentimento de desamparo psíquico oriundo de relações parentais pouco seguras ou de uma insegurança total, portanto, o que subsiste é o sentimento de desamparo e sentimentos depressivos.
Há relação entre ataque de pânico, fobias e ansiedade?
Claro que há. A fobia é um medo irracional de um objecto/animal ou situação. Os ataques de pânico são uma manifestação aguda de angústia sem causa aparente declarada, que podem paralisar um indivíduo através da sensação de asfixia ou medo de morrer. Todo este conjunto de sintomas não são mais que expressões diferentes de ansiedade.
Há alguma relação entre ansiedade e depressão?
A ansiedade faz parte do quadro clínico da depressão e está associada às alterações de humor e aos estados depressivos.
Podemos assim dizer que todas as pessoas que sofrem de depressão têm graus mais ou menos intensos de ansiedade, assim como quem sofre de ansiedade está deprimida ou em vias de deprimir.
Quais são os sintomas da ansiedade grave?
A ansiedade é acompanhada de vários sintomas físicos:
- aceleração respiratória,
- alteração do batimento cardíaco,
- xixis frequentes,
- diarreia frequente,
- desfalecimento das pernas,
- palidez,
- contracção ou relaxamento do musculo facial,
- sudação das palmas das mãos ( resposta galvânica da pele),
- sudação de todo o corpo,
- sensação de vertigem.
A Ansiedade Generalizada manifesta-se por um estado de tensão, duma inquietude permanente, sem que algum acontecimento exterior o possa explicar. São pessoas que estão permanentemente em sobressalto e sofrem com isso. O sintoma-chave é uma ansiedade ou um medo não realista, e excessivo, face a acontecimentos futuros.
As queixas somáticas são: dores de estômago, dores de cabeça (cefaleias), diarreia, suores e transpiração excessiva, vertigens.... Esta psicopatologia torna-se um handicap porque torna a vida complicada e difícil de ser vivida, nomeadamente no quotidiano, no trabalho e nas relações pessoais.
Tratamento da ansiedade
Sofrer de perturbação da ansiedade não é nenhuma banalidade nem uma fatalidade.
Os tratamentos para cada tipo de ansiedade variam e são estabelecidos em função da natureza do problema (fobias, obsessões, pânico, etc.) e estabelecidos em função da personalidade do sujeito que as sofre.
Os exemplos podem ser vários, mas o importante a saber é que, uma grande parte das ansiedades patológicas são curáveis, outras serão susceptíveis de melhoramentos consideráveis que permitem, na generalidade, devolver às pessoas uma vida normal.
O tratamento é combinado em algumas situações, ou seja, com terapia medicamentosa ansioliticos e antidepressivos e psicoterapia em simultâneo.
Saliento que só a medicação não resolve o problema é sempre necessário fazer a psicoterapia.
O objectivo da medicação é ajudar a psicoterapia.
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