Como posso ajudar? Se está a ler esta página, é porque está a considerar recorrer à ajuda de um psicólogo para alguma situação que o(a) incomoda. A Minha experiência tem sido bastante diversificada. Tenho larga experiência com Crianças, com Adolescentes, Adultos e Casais. Neste blog pode encontrar informação sobre diversas patologias e artigos de opinião. Se precisa de ajuda contacte-me! Cuide de Si!
CONSULTAS ONLINE E PRESENCIAL
quinta-feira, 26 de março de 2009
Luto, porque é necessário tranquilizar a dor...
domingo, 22 de março de 2009
Estar Grávida...
Hoje em dia, é aceite que se pode descrever a gravidez normal em 3 fases: incorporação (correponde sensivelmente ao 1º trimestre); diferenciação ( 2º trimestre), e separação (3º trimestre)
Estas 3 fases comportam um encadeamento de 6 tarefas psicológicas que têm como objectivo último:
· aceitar a gravidez,
· aceitar a realidade do feto
· reavaliar a geração parental anterior ( a relação da grávida com os seus próprios pais)
· reavaliar o relacionamento com o parceiro;
· aceitar o bebé como uma pessoa individualizada
· e integrar a identidade parental ( que mãe quero ser::)
A gravidez, em termos psicológicos, inicia-se quando a mulher tem a noção que está grávida.
O 1º trimestre
Nas primeiras semanas de gestação a mulher centra-se muito em si própria e desinveste o seu meio exterior e as suas relações.
«Aumenta o seu interesse narcísico por si própria e pela unidade mãe-filho».
A grávida, além de desenvolver o seu amor narcísico, tem também a possibilidade de contactar de novo com «...a sua vida de fantasia, relacionada com a infância».Este contacto com a infância, desenvolve uma necessidade de revisão, da sua relação com a sua própria mãe.
É por isso, que neste primeiro trimestre da gravidez, um aspecto muito importante que é trabalhado pela grávida, são os conflitos relacionais com a sua mãe. Claro que,quanto mais tranquilas e seguras forem as relações da grávida com a sua mãe, mais facilidade de adaptação e aceitação a grávida terá nesta sua gravidez. Se pelo contrário, as relações com a mãe foram ou são muito conflituosas, esta fase pode ser vivida de forma muito ansiosa, com tristeza, e sentimentos de abandono e isolamento.
É na sequência desta revisão relacional que surgem alterações comportamentais na mulher, que resultam da confluência da sua realidade psíquica com os aspectos culturais do meio.
Neste primeiro trimestre, aumenta a sua necessidade de dormir e dão-se alterações nos conteúdos dos sonhos. Devido a uma indiferenciação entre mãe e feto, que gera angústia, os conteúdos dos sonhos têm a ver com perigos que podem acontecer à mãe ou à criança.
A grávida vai comer mais e associada a esta tendência vão aparecer náuseas e vómitos, ou seja a tendência para rejeitar a comida.
Outra modificação que ocorre no 1.º trimestre é a redução da frequência e intensidade da actividade sexual, que na vida da fantasia da mulher «é justificada pelo medo de danificar o feto».
O 2.º trimestre
Pode ser ideal para sentir os movimentos fetais se a tarefa de incorporação já se realizou.
A fase da diferenciação tem início com a percepção da mãe dos primeiros movimentos fetais. «A confirmação da vitalidade e independência funcional do feto põe em marcha o processo de autonomização da grávida em relação ao feto”
Esta percepção gera um alívio da tensão psicológica interna. A mulher começa a fazer fantasias de como será o seu bebé.
Na sua vida fantasmática, o bebé está a ganhar características e a ter uma «identidade inventada». À medida que esta construção se vai desenvolvendo, o bebé vai ganhando autonomia.
A tarefa do 2.º trimestre é uma diferenciação psicológica, à medida que prossegue a diferenciação fisiológica. Mas a mãe, além de aceitar uma autonomia do feto, tem que aceitar que o seu controlo sobre ele é cada vez menor.
Para compensar a sensação da redução do controlo, verifica-se um enriquecimento da vida de relação. A relação a elaborar é a relação mãe-feto, e assiste-se a uma redução progressiva dos sintomas que exprimem conflitos internos, verificando-se um aumento do relacionamento sexual.
Em pleno 2.º trimestre vai dar-se uma reavaliação da relação com o marido. A necessidade de dependência transfere-se da mãe para aquele, e constitui a tarefa psicológica essencial do 2.º trimestre. Esta mudança permite reinventar a relação conjugal. A mulher reintroduz o bebé na relação com o marido, conquistando o seu apoio emocional, podendo depois utilizá-lo na etapa seguinte.
No 3.º trimestre
A grávida começa a preparar-se para o nascimento e o casal mobiliza-se para a separação que vai acontecer. São reactivados os sentimentos de ambivalência do 1.º trimestre.
O momento do parto é encarado pela grávida sob duas formas opostas: «representa um ganho relacional.... e ao mesmo tempo representa uma perda na medida em que retira à mãe os benefícios de estar grávida». A ambivalência crescente é acompanhada por queixas somáticas. È comum aparecem insónias e preocupações. As noites são agitadas e existem receios e medos em relação ao parto. O conteúdo dos sonhos está directa ou simbolicamente relacionado com a gravidez.
«Neste trimestre há uma reorganização psicológica que permite à mulher grávida controlar e aproveitar saudavelmente a ansiedade própria desta fase de desenvolvimento.... [pois] a ansiedade livre, [não elaborada] vai perturbar... o comportamento da grávida... no trabalho de parto»
SINAIS DE ALARME
Muitas mulheres durante a gravidez demonstram sinais de depressão, por vezes mascarados e confundidos com a sensibilidade e fragilidade atribuída à fisiologia própria da gravidez.
Pelo menos 10% das mulheres manifestam estados depressivos nos primeiros três meses após o parto.
A sintomatologia destes estados depressivos pode estar mascarada por uma dimensão ansiosa, irritabilidade e alguma agressividade até então não habituais .
O nascimento e o processo precoce de adaptação representam factores de stress psicossocial que são co-responsáveis pelo aumento de taxas de depressão durante o período pós-parto, justificando porque este é um período de alto risco para o aparecimento de depressão.
Na génese da depressão pós-parto tem importância significativa a ausência de factores de protecção materna, nomeadamente, a ausência de suporte familiar, em particular do companheiro e de personagens femininas significativas (familiares ou amigas), e ainda a ausência de ajuda prática efectiva.
Vários estudos têm demonstrado que o estado depressivo da mãe influencia a interacção com o seu filho. Estas interacções poderão apresentar-se mais desarmónicas e mais pobres do ponto de vista afectivo .
Gravidez e Acompanhamento Psicológico
Por tudo isto, em casos de gravidez muito ansiosa, alterações significativas do comportamento e do humor, tristeza intensa, a grávida deve pedir ajuda!especializada!
O acompanhamento psicológico a grávidas pode ser feito individualmente, ou em grupo.
O Acompanhamento Psicológico funciona como suporte, contendo as ansiedades e fomentando as trocas de vivências e a reflexão sobre as mesmas. A interligação do falar, reflectir e receber informação científica contribui para a redução dos medos e consequentemente para o alívio da ansiedade relativa à gravidez. Quanto mais oportunidades tiverem de falar sobre a percepção que vão tendo das suas modificações, mais aumentam as suas hipóteses de adaptação.
Alguns autores verificaram que o apoio e preparação durante a gravidez, assim como o aumento de informação, contribuem para o aumento do bem estar da mulher no final da gravidez, evidenciando-se menor ocorrência de problemas psicológicos e de depressão no período pós-parto.
O Seu bebé depende de Si!
SE estiver bem, ele também está bem!
Cuide-se e não hesite em pedir ajuda logo que sentir que algo não está a correr bem!
Conte comigo!
domingo, 15 de março de 2009
O que é a Depressão?
A Depressão é uma doença "do organismo como um todo", que compromete o físico, o humor e, em consequência, o pensamento.
A Depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida.
Afecta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas.·
A Depressão, é portanto uma doença afectiva ou do humor, não sendo apenas sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço.
As pessoas com doença depressiva (estima-se que 17% das pessoas adultas sofram de uma doença depressiva em algum período da vida) não podem simplesmente melhorar por conta própria e através dos pensamentos positivos, conhecendo pessoas novas, viajando, passeando ou tirando férias.
Sem tratamento, os sintomas podem durar semanas, meses ou anos, podendo resultar numa inibição global da pessoa, afectando a parte psíquica, as funções mais nobres da mente humana, como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, o amor e o sexo, e também a parte física.·
A depressão é uma doença mental que se caracteriza por tristeza mais marcada ou prolongada, perda de interesse por actividades habitualmente sentidas como agradáveis e perda de energia ou cansaço fácil.
Ter sentimentos depressivos é comum, sobretudo após experiências ou situações que nos afectam de forma negativa. No entanto, se os sintomas se agravam e perduram por mais de duas semanas consecutivas, convém começar a pensar em procurar ajuda.
A depressão pode afectar pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, e se não for tratada, pode conduzir ao suicídio, uma consequência frequente da depressão.
Estima-se que esta doença esteja associada à perda de 850 mil vidas por ano, mais de 1200 mortes em Portugal.
A depressão pode ser episódica, recorrente ou crónica, e conduz à diminuição substancial da capacidade do indivíduo em assegurar as suas responsabilidades do dia-a-dia.
A depressão pode durar de alguns meses a alguns anos. Contudo, em cerca de 20 por cento dos casos torna-se uma doença crónica sem remissão. Estes casos devem-se, fundamentalmente, à falta de tratamento adequado.
Epidemiologia
A depressão é uma patologia do foro mental que afecta 20 por cento da população portuguesa!
A depressão é a principal causa de incapacidades e a segunda causa de perda de anos de vida saudáveis entre as 107 doenças e problemas de saúde mais relevantes.
Os custos pessoais e sociais da doença são muito elevados.
Uma em cada quatro pessoas em todo o mundo sofre, sofreu ou vai sofrer de depressão. Um em cada cinco utentes dos cuidados de saúde primários portugueses encontra-se deprimido no momento da consulta.
A depressão encontra-se reconhecida no Plano Nacional de Saúde como um problema primordial de saúde pública.
A depressão é mais comum nas mulheres do que nos homens: um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde, em 2000, mostrou que a prevalência de episódios de depressão unipolar é de 1,9 por cento nos homens e de 3,2 por cento nas mulheres.
É pois, urgente aprender a reconhecer a depressão como uma patologia e não como uma fraqueza, como uma “ personalidade fraca” como me dizem alguns pacientes, e pedir ajuda especializada quanto antes!
Quais são os sintomas da depressão?
- A depressão diferencia-se das normais mudanças de humor pela gravidade e permanência dos sintomas. Está associada, muitas vezes, a ansiedade e/ou pânico.
Os sintomas mais comuns são:
Modificação do apetite (falta ou excesso de apetite);
Perturbações do sono (sonolência ou insónia);
Fadiga, cansaço e perda de energia;
Sentimentos de inutilidade, de falta de confiança e de auto-estima, sentimentos de culpa e sentimento de incapacidade;
Falta ou alterações da concentração;
Preocupação com o sentido da vida e com a morte;
Desinteresse, apatia e tristeza;
Alterações do desejo sexual;
Irritabilidade;
Manifestação de sintomas físicos, como dor muscular, dor abdominal, enjoo, enxaquecas, entre outros.
- Pessoas com episódios de depressão no passado;
Pessoas com história familiar de depressão;
Pessoas do género feminino – a depressão é mais frequente nas mulheres, ao longo de toda a vida, mas em especial durante a adolescência, no primeiro ano após o parto, menopausa e pós-menopausa;
Pessoas que sofrem um qualquer tipo de perda significativa, mais habitualmente a perda de alguém próximo;
Pessoas com doenças crónicas - sofrendo do coração, com hipertensão, com asma, com diabetes, com história de tromboses, com artroses e outras doenças reumáticas, SIDA, fibromialgia, cancro e outras doenças;
Pessoas que coabitam com um familiar portador de doença grave e crónica (por exemplo, pessoas que cuidam de doentes com Alzheimer);
Pessoas com tendência para ansiedade e pânico;
Pessoas com profissões geradoras de stress ou em circunstâncias de vida que causem stress;
Pessoas com dependência de substâncias químicas (drogas) e álcool;
Pessoas idosas.
Como em todas as doenças, a prevenção é sempre a melhor abordagem, designadamente para as pessoas em situação de risco, pois permite a intervenção precoce de profissionais de saúde e impede o agravamento dos sintomas.
Se sofre de ansiedade e/ou ataques de pânico, não hesite em procurar ajuda especializada, pois muitas vezes são os primeiros sintomas de uma depressão.
Se apresenta queixas físicas sem que os exames de diagnóstico encontrem uma explicação então aborde o assunto com o seu médico assistente.
Quais são as causas da depressão?
As causas diferem muito de pessoa para pessoa.
Porém, é possível afirmar-se que há factores que influenciam o aparecimento e a permanência de episódios depressivos.
Por exemplo, condições de vida adversas, o divórcio, a perda de um ente querido, o desemprego, a incapacidade em lidar com determinadas situações ou em ultrapassar obstáculos, etc.
Determinar qual o factor ou os factores que desencadearam a crise depressiva pode ser importante, pois para o doente poderá ser vantajoso aprender a evitar ou a lidar com esse factor durante o tratamento.
Algumas doenças podem provocar ou facilitar a ocorrência de episódios depressivos ou a evolução para depressão crónica. São exemplo as doenças infecciosas, a doença de Parkinson, o cancro, outras doenças mentais, doenças hormonais, a dependência de substâncias como o álcool, entre outras.
O mesmo pode suceder com certos medicamentos, como os corticóides, alguns anti-hipertensivos, alguns imunossupressores, alguns citostáticos, medicamentos de terapêutica hormonal de substituição, e neurolépticos clássicos, entre outros.
Como se trata a depressão?
A Psicoterapia é fundamental para ajudar a pessoa a encontrar dentro de si recursos necessários para lidar com os acontecimentos geradores de tensão e ansiedade, assim como a diminuir o seu sofrimento, aumentar o seu bem –estar consigo próprio e com a vida !
A Psicoterapia é a forma cientificamente comprovada de obter resultados duradouros na perturbação depressiva.
Se for o seu caso não hesite em pedir ajuda!
Pode contactar-me por escrito ou por telefone: (00 351) 96 23 62 861. Se quiser marcar uma consulta, é mais fácil telefonar, para conseguirmos conciliar agendas de uma forma prática.
sábado, 7 de março de 2009
Depressão Infantil
A depressão infantil ocorre, em 20% dos casos, em crianças na faixa etária entre 9 e 17 anos, e é causada geralmente, por dificuldades de relacionamentos com a própria família, na escola ou em outros locais que frequentam.
Mas o número mais alarmante diz respeito ao facto de esta ser uma realidade que tende a passar despercebida aos olhos de 70% dos pais.
Assim, na maior parte dos casos, as alterações mais visíveis tendem a confundir-se com rebeldia: irritabilidade, agressividade, hiperactividade e/ou diminuição do rendimento escolar.
Tentando clarificar melhor os Sintomas que podem servir de alerta aos pais…
Feto: Os fetos podem deprimir, é verdade! Tudo pode começar bem cedo! Isto pode acontecer, devido por exemplo, à ansiedade maternal na gravidez, pelo atraso no desenvolvimento fetal ou após o nascimento, entre outros factores.
Idade Escolar (6 a 12 anos): Entre os seis e os oito anos, o quadro depressivo caracteriza-se por tristeza prolongada, ansiedade de separação (a criança que não quer deixar a mãe para ir para a escola) e sintomas psicossomáticos ( dores de cabeça, dores de barriga, diarreias, febres) .
Um outro sintoma que pode ocultar também uma depressão é a “hiperactividade”,as crianças muito irrequietas, que não conseguem manter um mínimo de atenção nem de concentração.
Prevenção
Em vez de prevenção, podia estar escrito amor.
Tratamento
Como podem os pais ajudar….
Quando recorrer ao psicólogo…
A Psicoterapia com crianças é diferente da psicoterapia com adultos. A Psicoterapia com crianças inclui conselhos educativos e explicações; recurso aos jogos, às brincadeiras e ao desenho; a atitude do psicoterapeuta é mais participativa.
Com as crianças o ritmo das sessões variável, de acordo com a tolerância da criança.
Na Psicoterapia com crianças é muitas vezes necessário o envolvimento dos
pais na terapia, pelo que além do trabalho com a criança é necessário também algumas sessões com os pais.
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